terça-feira, 28 de junho de 2011

Quando se é preguiçoso

Aquele que desperdiça imensos períodos de tempo falando sobre o sucesso conquistará o "prêmio" do fracasso. Quando se é preguiçoso, é preciso trabalhar duas vezes mais. E uma contínua provação para quem sempre tenta conseguir algo sem fazer nada. Deus não fez suco de maçã, e sim as maçãs. Alguns dizem que nada é impossível, entretanto existem inúmeras pessoas fazendo nada todos os dias.
[John Mason]

Alegria Completa

Alegria Completa


Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! Filipenses 4:4

Alegria não é a habilidade de contar piadas ou fazer todo mundo rir. Também não é apenas uma reação do que acontece conosco quando tudo vai bem, temos sucesso ou quando estamos diante da perspectiva de ter o que desejamos.

A alegria que vem de Deus toma muitas formas. Pode ser um sentimento de paz, na certeza de que tudo está nas mãos dEle; ou se manifesta quando um amigo diz: “Me lembrei de você e liguei.”

Será que nos esquecemos das referências bíblicas que falam de alegria e regozijo? As figuras de linguagem que Jesus usou para falar do reino ou de Seus milagres eram uma demonstração daquilo que Ele disse: “Para que a [...] alegria de vocês seja completa” (Jo 15:11). Ele falou do Céu como se fosse um banquete ou uma festa (Lc 14:15); o pastor se alegrou com a ovelha que foi achada (Lc 15:5); a multidão se alegrou quando foi curada a mulher que estava enferma havia 18 anos (Lc 13:13); as crianças se alegraram quando Jesus Se deteve para abençoá-las; o leproso que voltou para agradecer (Lc 17:15); e os discípulos, que, depois da ressurreição, estavam alegres.

Certa vez, um pequeno grupo de estudos da Bíblia chegou justamente ao texto de Gálatas 5, sobre os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, etc., todos relacionados com a experiência pessoal. À medida que discutiam, descobriram que estavam experimentando amor e paz. Muitos admitiam a necessidade de ser mais pacientes (se eu estivesse presente teria reconhecido isso). O grupo também admitiu que tinha fé e era bondoso. Reconheceu sua necessidade de mansidão e domínio próprio. Mas um item que todos concordaram de que precisavam muito, mas muito mesmo, foi alegria.

“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. [...] Implanta no coração uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir – a alegria no Espírito Santo – alegria que comunica saúde e vida” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 115).

Podemos repetir com o salmista: “Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de cantos de alegria (Sl 126:2).

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Faça mais

Faça mais do que existir. Viva. Faça mais do que escutar. Ouça. Faça mais do que concordar. Coopere. Faça mais do que falar. Comunique-se. Faça mais do que crescer. Floresça. Faça mais do que gastar. Invista. Faça mais do que pensar. Crie. Faça mais do que trabalhar. Distinga-se. Faça mais do que repartir. Dê. Faça mais do que decidir. Diferencie. Faça mais do que considerar. Comprometa-se. Faça mais do que perdoar. Esqueça. Faça mais do que ajudar. Sirva Faça mais do que coexistir. Reconcilie-se. Faça mais do que cantar. Adore. Faça mais do que pensar. Planeje. Faça mais do que sonhar. Realize. Faça mais do que enxergar. Perceba. Faça mais do que ler. Aplique. Faça mais do que receber. Retribua. Faça mais do que escolher. Concentre-se. Faça mais do que desejar. Creia. Faça mais do que aconselhar. Ajude.
Faça mais do que dizer. Transmita. Faça mais do que encorajar. Inspire. Faça mais do que adicionar. Multiplique. Faça mais do que mudar. Aprimore. Faça mais do que alcançar. Estenda. Faça mais do que refletir. Ore.
[John Mason]

A História de Margarete

A História de Margarete


Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Mateus 18:10

Em uma palestra sobre autoimagem para estudantes do Ensino Médio no Unasp, campus São Paulo, Nancy Van Pelt nos contou a história a seguir:

Desde o primeiro dia de aula, Margarete e sua professora, senhorita Garner, não se davam bem. Num incidente, quando tinha nove anos, Margarete entrou correndo na classe, atrasada mais uma vez. A senhorita Garner ficou furiosa. “Margarete, estávamos esperando você. Venha aqui na frente agora mesmo!”

Ela pediu que Margarete ficasse de frente para a classe, e aí começou o pesadelo da menina. A senhorita Garner berrou: “Crianças! Margarete não tem sido boa aluna. Tentei ajudar, mas parece que ela não quer aprender. Vamos lhe dar uma lição. Quero que cada um de vocês venha à frente, pegue um pedaço de giz e escreva no quadro aquilo em que Margarete precisa melhorar. Quem sabe isso vai fazer com que ela melhore.”

Foi um ato cruel. Como professora, ela sabia o poder que têm os apelidos. Ali ficou Margarete, petrificada diante da senhorita Garner. Os alunos em fila silenciosa começaram a escrever: “Margarete não arruma o cabelo”, “Não é inteligente”, “É gorda”, “Usa óculos ‘fundo de garrafa’”, “É egoísta”... E, assim, os 25 alunos terminaram de rabiscar alguma coisa.

Foi o dia mais longo da vida de Margarete. Aquela dor nunca a deixou. Ainda sob a sombra daquelas sentenças, 40 anos mais tarde ela foi tratada de seu trauma com uma psicóloga. Dois anos com sessões semanais e agora ela estava na última sessão. “Bem, Margarete, creio que hoje é o dia da formatura. Eu sei que vai ser muito difícil, mas vou lhe pedir que você faça uma coisa. Volte em sua mente à sala de aula, naquele dia. Procure se lembrar do que cada um dos 25 alunos escreveu e de como você se sentiu.”

Margarete ainda se lembrava de cada detalhe. Finalmente, terminou, e ela não parava de chorar.

“Margarete, Margarete... você deixou Alguém de fora. Ele está Se levantando e recebe o giz da senhorita Garner. Agora Ele está indo para o quadro e apaga o que cada aluno escreveu. Desapareceram, Margarete, desapareceram. Você O reconhece? É Jesus! Olhe, Ele está escrevendo alguma coisa no quadro: ‘Margarete é amável... bondosa... gentil...forte... tem muita coragem.”

Margarete começou a chorar. Logo suas lágrimas deram lugar a sorrisos e risos. Já não se sentia mais condenada nem rejeitada.

“Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da Sua serva” (Lc 1:46-48).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"As pessoas mais insatisfeitas que conheço são as que estão tentando ser algo que não são, ou que estão tentando fazer algo que não deveriam" (David Grayson)

O “Ainda Não” de Deus

O “Ainda Não” de Deus


Ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios 12:9

Entrei uma vez na Central de Operações da Telefônica, em São Paulo. Avistei corredores compridos, com estantes metálicas e luzinhas piscando de todos os lados. Pensei: Como deve ser o “computador de Deus” para atender ao número incalculável de orações por segundo ou por nanossegundo. Como Ele pode responder orações conflitantes? Será que Ele atende ao que for mais insistente? Será que Ele Se comporta conosco como o entrevistado que responde ao repórter que grita mais alto? Porém, mesmo que a oração continue sendo um dos bonitos mistérios da vida, ela nunca deverá ser deixada de lado apenas pelo fato de não a entendermos.

Muitos de nós já nos sentamos na sala de espera de Deus, aguardando atendimento urgente e prioritário, mas o que recebemos de volta foi um silêncio incômodo e prolongado. Oramos, esperamos, perguntamos se a oração estava errada, mas o silêncio persistiu. Revolvemos o coração para escutar apenas o eco de nossas palavras.

Muitos pensam que Deus tem a obrigação de fazê-los navegar num mar de rosas, ou pelo menos dar explicações pelas dificuldades que enfrentam. No entanto, devemos enfrentar esse silêncio com paciência e confiança. Enquanto Ele não responde, devemos crer assim mesmo. Deus pode dizer: “Ainda não, mas estou aqui e tudo terminará bem. Confie em Mim.”

“Se não recebemos exatamente as coisas que pedimos e ao tempo desejado, devemos, não obstante, crer que o Senhor nos ouve, e que atenderá às nossas orações [...] dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem – aquilo que nós mesmos desejaríamos se, com vista divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas como são na realidade” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 96).

Em seu livro O Problema do Sofrimento, C. S. Lewis, depois de sua conversão ao cristianismo, escreveu sobre a prolongada enfermidade da esposa que veio a falecer: “Quando você está feliz e não necessita dEle, será recebido de braços abertos. Mas vá para Ele quando estiver necessitado [...] e o que encontrará? Uma porta batida na sua cara, e o barulho de uma fechadura trancada duas vezes [...]”.

Se o autor concluísse dessa forma, seria apenas um desabafo, mas Ele continua dizendo: “Fui levado a sentir que a porta não estava trancada.” Deus sempre responde no momento certo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A fé é necessária para uma vida bem-sucedida

George Spaulding afirmou: "Uma vida sem fé em algo oferece muito pouco espaço para se viver." Você se sentirá espremido a vida toda se não viver pela fé. Na medida em que a sua fé crescer, você sentirá que não precisa mais controlar tudo. As coisas fluirão segundo a vontade de Deus e você será capaz de fluir juntamente com elas para uma maior felicidade e em seu benefício. Colin Hightower sugeriu: "Fé é construir sobre o que você sabe estar aqui, de modo que possa alcançar o que você sabe estar lá." Ouça o que diz Franklin Roosevelt: "O único limite para a nossa realização amanhã será a nossa dúvida hoje." Vamos seguir adiante com uma fé ativa e forte.

Começar e Terminar

Começar e Terminar


Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no dia de Cristo Jesus. Filipenses 1:6, NTLH

Existem composições e obras de arte inacabadas. O primeiro exemplo que me vem à mente é a Sinfonia Inacabada de Schubert. Até hoje todos lamentam que Leonardo da Vinci não tenha terminado o quadro “A Adoração dos Magos”. Michelangelo deixou várias esculturas e pinturas por terminar. E pelo mundo afora existem edifícios e projetos que permanecem inacabados, ou porque são caros ou porque são complicados e vão tomar mais tempo do que se imaginava inicialmente.

E em nossa casa, há coisas esperando ser terminadas? A leitura de um livro, o conserto de um móvel, a coleção que precisa ser completada, etc. O frustrante é nos deparar quase todo dia com essas e outras coisas e perceber que precisam ser completadas.

Deus tem um trabalho a realizar em cada ser humano. Ao contrário de outros projetistas e artistas, tudo o que começa, Ele termina. Não Se impressiona nem Se desanima com a dificuldade ou com o custo daquilo que quer fazer. Ele não começa um trabalho e o larga no meio do caminho, dizendo: “Não vale a pena. Não compensa. Vou pegar outra coisa que seja mais fácil e que Eu termine em pouco tempo.” Na oficina de Deus, todos somos peças em diferentes estágios de andamento. Alguns começando, outros na metade, outros no processo final.

O próprio apóstolo João, com quem Jesus começou um trabalho de moldagem, disse: “Agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele” (1Jo 3:2).

Cada dia Deus dá uma cinzelada na escultura ou faz uma aplicação na pintura. Pode ser que alguns deem mais trabalho do que outros.

A reação de Jesus diante de tudo o que tinha que realizar foi: “Recebi uma tarefa para fazer. Ela é importante. Tenho um tempo determinado para realizá-la. Vou até o fim.” Com determinação e com a intenção de concluir a obra, Jesus Se aproximava de cada trabalho que tinha que realizar.

Paulo é um grande exemplo para nós. No fim da vida, pôde dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4:7).

“Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual; / Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim Teu coração. / Porque tudo o que há dentro de mim, / Necessita ser mudado, Senhor. / Porque tudo o que há dentro do meu coração, / Necessita mais de Ti.”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Melhor é o homem paciente do que o guerreiro; mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade" (Prov.: 16:32)

Departamento de Reclamações

Departamento de Reclamações


Façam tudo sem queixas. Filipenses 2:14

Gordon Graham diz que “há dois tipos de descontentes neste mundo. O descontente que trabalha e o descontente que esfrega as mãos. O primeiro consegue o que quer. O segundo perde o que tem”.

Faça um inventário das coisas que o deixaram descontente ou das quais você reclamou na semana que passou. Você pode se lembrar de uma ou duas queixas que fez por telefone: o mecânico que levou o dobro de tempo do combinado; a operadora de telefone ou internet...

É difícil encontrar uma pessoa que não se queixe de alguma coisa, pois se não fala alto, fala entre os dentes, e reclama de qualquer maneira.

Há muitos “nãos” na Bíblia, mas um dos que mais causa incômodo é o do texto de hoje: “Não se queixe, não reclame.” Mas o que fazer quando você espera meia hora e não há sinal de vida, e a pessoa não aparece? Ou quando alguém promete três vezes e não cumpre? Assim, para não reclamar, é melhor deixar a pessoa livre de sua reclamação e procurar outro rumo.

Como faz parte da boa convivência, vamos fazer nossa parte para não dar motivos para que alguém se queixe de nós.

Como temos o “Dia do não fumar” e o “Dia da não violência”, poderíamos colocar na agenda o “Dia do não reclamar”. Podemos começar em casa ou no local de trabalho com alguma coisa ou situação de que com frequência somos tentados a reclamar, perdendo a paciência. Quando percebermos o quanto Deus nos tem dado, estaremos prontos para ter o “Dia do não reclamar”. Lembre-se de que qualquer que tenha sido o motivo, reclamar não ganha concurso de beleza nem de popularidade.

Parar de se queixar não é uma atitude que desenvolvemos lendo livros de autoajuda. Podemos começar pedindo a Deus que nos ajude a ser mais pacientes e mais tolerantes, em lugar de estar sempre reclamando. Também devemos pedir uma dose maior de mansidão e uma pitada mais generosa de compreensão para situações que escapam ao nosso controle.

Uma menininha corajosa foi levada ao médico para uma pequena, mas muito dolorosa cirurgia. Quando tudo estava pronto, o médico disse: “Olha, vai doer! Mas você pode chorar e gritar o quanto quiser.” A menininha olhou de volta para ele e disse: “Acho que vou cantar.” E foi isso o que ela fez, sem gritar, nem chorar. Sem reclamar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cícero ponderou: "Um coração agradecido não é apenas a maior das virtudes, é também o pai de todas as demais."

Convicção da Presença de Deus

Convicção da Presença de Deus


Para onde poderia fugir da Tua presença? Salmo 139:7

A presença de Deus não era uma ameaça para Davi, mas segurança e conforto. Na primeira parte do Salmo 139, Davi descreve quão bem Deus o conhece. Na segunda parte, revela quão perto Ele está. Ele imagina lugares para os quais fugir, mas depois descarta todos. Começa com os extremos verticais: se subir ao céu, se descer ao inferno ou às maiores profundezas, ali está Deus. Depois usa as extremidades horizontais: leste, oeste; “se eu tomar as asas da alvorada indo até as extremidades do mar, não adianta, até ali a Tua mão me guiará e me susterá”.

O profeta Isaías reforça esse pensamento, dizendo: “O braço do Senhor não está tão encolhido que não possa salvar” (Is 59:1). Finalmente, ele menciona que nem mesmo as trevas são suficientes para nos esconder de Deus, quando fugimos de Sua presença.

Sansão, Jonas e o filho pródigo pensaram que, mudando de casa ou de cidade, escondendo-se de Deus, as circunstâncias iriam melhorar.

Como mencionei no dia 3, hoje existem sistemas para monitorar as pessoas constantemente: câmeras de vigilância ocultas, celulares, escutas clandestinas, chips de localização e outros equipamentos com potencial tecnológico para verificar como vivemos e o que fazemos. Há pessoas que não conseguem ser elas mesmas porque sabem que estão sendo vigiadas. A mensagem é: tome cuidado com o que você faz e com o que diz, porque você está sendo monitorado.

A presença de Deus não era uma ameaça para o salmista, mas conforto e segurança. Não há lugar nenhum em que o amor de Deus não possa nos alcançar. “Nem altura nem profundidade, [...] será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:39).

Deus não precisa de GPS, nem de rastreamento para descobrir onde você está. Não há um só momento no qual você esteja fora da “tela de monitoramento” de Deus. Hoje, tenha certeza: onde você estiver Deus estará ao seu lado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

George Bernard Shaw refletiu: "Uma vida passada em meio a erros e mais útil do que uma vida improdutiva."

Deus Sabe Tudo Sobre Mim

Deus Sabe Tudo Sobre Mim


Senhor, Tu me sondas e me conheces. Salmo 139:1

Emily Bowman escreveu a seguinte oração baseada nos sete primeiros versos do Salmo 139: “Querido Deus, “Tua Palavra ecoa em meus pensamentos assim como os meus pensamentos refletem Tua Palavra...

“Senhor, Tu me sondas e me conheces. Tu sabes tudo sobre mim. Na verdade, sabes como sou por dentro. Posso me esconder dos colegas de escola ou imaginar que minha mãe nunca vai descobrir o que fiz, mas nada posso esconder de Ti. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.

“Tu sabes quando deixo de lado minhas tarefas da escola para assistir TV, e sabes também quando eu me levanto para estudar. Sabes o que vou fazer mesmo antes que eu faça. Conheces minhas boas intenções, e sabes quando falho. Sabes quando me sinto decepcionada comigo mesma, e sabes também que existe algo de bom em mim. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Tu sabes como vai ser meu dia e como vou reagir diante das situações. Conheces meus hábitos e valores. Sabias que eu ia entrar em pânico com aquela prova surpresa, mas também sabias que eu ia tirar a nota máxima!

“Ainda a palavra não me chegou à língua, e Tu, Senhor, a conheces completamente. Tu sabes o que vou dizer antes que os pensamentos se formem em minha mente e antes mesmo que as palavras sejam pronunciadas. Tu me cercas por trás e pela frente, e sobre mim pões a Tua mão.

“Observaste-me ao respirar pela primeira vez e acompanhaste meu crescimento. Tu sabes o que me aguarda no futuro. Sabes que decisões devo tomar e a quais devo resistir. Sei que guiarás todos os meus passos, em tudo o que eu fizer – nas provas, ao aprender a dirigir, nos problemas com amigos, no momento de deixar meu lar, em tudo, enfim. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Sei que me conheces mais do que meu melhor amigo ou até mesmo mais do que minha família. Sei que segues ao meu lado, abaixo, acima e atrás de mim. Estás à minha direita e à minha esquerda. Sei que, se tão somente eu permitir que Tua Palavra ecoe em minha vida e ouça Tua voz em oração, guiarás cada passo do meu futuro.

“Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Por que, então, eu iria querer viver a vida sem Ti? Amém!”

Que tal tomar as palavras de Davi e escrever sua própria oração?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Enfrentando a Tentação

Enfrentando a Tentação


Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. 1 Coríntios 10:13

Por sua própria natureza, a tentação é enganosa. Começa de maneira sutil e inocente. Não grita. Fala mansinho; sussurra. Não há lugar, nem esconderijo, por mais secreto que seja, em que ela não entre. Nenhum ser humano está imune à sua sedução, nenhum escapará ao seu engodo.

A definição mais simples de tentação é “insinuação interior pecaminosa, com a intenção de nos levar para o lado errado”. Também é “satisfazer desejos legítimos de maneira incorreta”.

É impressionante como algumas vezes nós mesmos desejamos ser tentados e dizemos: “Ah! Só mais uma vez... Esta será a última!” Ou vamos a lugares em que sabemos que seremos tentados, e depois perguntamos: “Por que caí?”

Não existe uma fórmula única para resistir ao atrativo da tentação, mas podemos dar alguns passos que podem nos ajudar. Um deles é decidir antecipadamente resistir a ela.

Daniel é o melhor exemplo nesse aspecto. Sabendo que comeria da mesa do rei e que nela haveria alimentos dos quais ele não participaria, “decidiu não se tornar impuro” (Dn 1:8). Ele disse: “Eu sei que servirão carnes que não posso comer, e vinhos que não posso beber. Vou estar com meus amigos hebreus e caldeus, mas não vou participar desses pratos.” Dessa forma, não hesitou em manter seus princípios e valores.

Decidir com antecipação envolve estudar mais para não colar. Inclui evitar passar perto de um bar, se tiver problemas com a bebida. Se o problema for com a sensualidade, deve-se evitar navegar na internet ou assistir televisão até altas horas, recebendo imagens que poluirão a mente. Quaisquer que sejam as circunstâncias, decida antes.

A tentação gradativa foi um ardil usado contra Eva: “Você já está com o fruto na mão, dê uma mordida. Você já deu uma mordida, agora coma ele todo.” Essa tentação consiste em convencê-lo de que, se você deu o primeiro passo, é o mesmo que ter chegado ao fim da viagem. Hoje seria assim: “Você já tomou um gole, agora beba o copo todo.” “Já deu uma tragada nesse cigarro, fume ele todo.” “Já chegou até aqui com essa garota, vá até o fim.”

Na luta contra o inimigo, lembre-se destas palavras: “Submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4:7).

“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Homem que Mudou de Ideia

Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o Seu brado e viu como Ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus!” Marcos 15:39

Não sabemos como ele se chamava, apesar de a tradição dar-lhe o nome de Longinus. Como veterano de guerra nas fileiras militares, ele foi indicado com sua guarnição para um posto fronteiriço do Império: a Palestina. Ele tinha crescido e sido educado numa cultura que salientava o poder e havia conseguido em sua carreira militar muitas medalhas, comendas e troféus. Era um soldado que tinha jurado fidelidade a César. Estava orgulhoso de marchar sob a bandeira da águia romana.

Sob a responsabilidade de sua guarnição estava agora a tarefa de crucificar três homens. Imagino que esses soldados devam ter passado por um processo de dessensibilização para não se abalarem com o sofrimento, os gritos de dor e os xingamentos daqueles que eram crucificados.

Entre os que seriam crucificados, um deles, marcado pelos açoites, mantinha o porte de realeza e dignidade. Não havia em Seu rosto o estigma do crime, nem a expressão de vingança.

O centurião acompanhou passo a passo todo o processo da crucifixão. Escutou Jesus dizer: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23:34). Escutou a conversa de um dos ladrões com Jesus. Procurou manter a calma de seus soldados quando o sol escureceu. Viu quando Jesus exalou o último suspiro. “Ele é inocente. Ele não merece morrer. Por que estão fazendo isso?”

No livro O Desejado de Todas as Nações, lemos: “Nos acontecimentos finais do dia da crucifixão, [...] quando a treva se erguera de sobre a cruz, e o Salvador soltara Seu brado agonizante, ouviu-se imediatamente outra voz dizendo: ‘Verdadeiramente este era o Filho de Deus’ (Lc 23:47).

“Essas palavras não foram murmuradas em segredo. Todos os olhos se voltaram a ver de onde provinham. De quem eram? Do centurião, o soldado romano. A divina paciência do Salvador, e Sua súbita morte, com o grito de vitória nos lábios, impressionaram esse pagão. [...]

“Assim foi novamente dada a prova de que nosso Redentor devia ver o trabalho de Sua alma. No mesmo dia de Sua morte, três homens, diferindo largamente entre si, declararam sua fé – o que comandava a guarda romana, o que conduzira a cruz do Salvador e o que morrera na cruz ao Seu lado” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 770).

Nota: Não importa qual sua crença hoje, não importa como você foi criado, não importa a tradição que você segue por intermédio de sua família e todos os ensimnamentos que teve durante toda sua vida, ao se deparar com  história da cruz, podemos entender que a nossa história, nossa tradição é muito maior do que os poucos anos que passamos de aprendizado em nossas vidas, podemos enchegar que nossos avós erraram em algum ponto da vida, erraram em alguns conceitos da história de Cristo. Você deseja perpetuar o erro dos seus avós pelo reguardo de uma tradição e ser um carrasco colocando Jesus na Cruz e seguir o que lhe é imposto e ao final dizer "é relamente eu não quiz abrir meus olhos para a verdade, para o verdadeiro filho de Deus" ou dizer agora "Sei que Cristo era o filho de Deus e quero fazer sua vontade através de tudo que está escrito nas sagradas escrituras" e quando conhecer a palavra de Jesus, largar meus próprios conceitos e tradições e aceitar seus ensinos, poderei dizer "Sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso".
[Fabiano Fuzetti] 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lição da semana "A túnica de várias cores"

Lição 4 16 a 23 de abril
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A túnica de várias cores
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Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 13, 14

VERSO PARA MEMORIZAR: “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37:3, RC).
Leitura para o estudo desta semana: Gn 29:21–30:24; Gn 34; 37; 42:13; 1Co 9:24-26

A semente, por assim dizer, dessa história toda, começou em Gênesis 29, com Jacó e suas esposas e concubinas. Um pai, quatro mães, doze filhos e uma filha: Não era preciso ser profeta para saber de antemão que essa família se tornaria desajustada e infeliz.

Teria sido muito melhor se Jacó houvesse seguido aquele primeiro exemplo típico do Éden: um marido, uma esposa. E ninguém mais. Esse foi o modelo ideal para todos os lares, para todos os tempos.

Mas, como vimos, Deus nos criou como seres livres, e essa liberdade inclui a liberdade para fazer o mal. A famosa túnica de várias cores, que talvez foi o símbolo dos erros cometidos por Jacó, revela como um erro pode levar a outros e outros, com consequências muito além do nosso controle.

Então, é muito melhor sufocar o pecado logo no começo, antes que ele devore a nós e aqueles a quem amamos.

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Domingo Ano Bíblico: 1Rs 15–16

A origem de um desastre familiar

Como sabemos, a vida não vem lacrada, em categorias distintas e separadas, ou em seções. Todas as coisas causam impacto em quase tudo. Na verdade, a teoria da relatividade geral de Einstein ensina que toda matéria no Universo tem uma atração gravitacional sobre todos os outros elementos. Ou seja, seu corpo exerce uma força gravitacional, não apenas sobre seu vizinho, mas igualmente sobre o Sol, e sobre tudo o mais no mundo criado.

Evidentemente, não precisamos de uma lição de física para reconhecer que as obras e ações de uma pessoa podem afetar os outros de forma radical e até trágica, mesmo em gerações futuras. O que somos, onde estamos, por que somos o que somos; tudo foi afetado em certa medida pelas ações de outros completamente fora de nosso controle. Assim, precisamos ter muito cuidado com relação às coisas que dizemos e fazemos, pois quem sabe se o impacto que os nossos atos e palavras produzirão sobre os outros será para o bem ou para o mal, a curto e a longo prazo?

1. Que tipo de família foi formada em Gênesis 24 e 29:21-30? Quais são os problemas de seguir os costumes do mundo, quando estes contrariam os princípios da verdade? Que influência tiveram as fraquezas de caráter de Jacó sobre sua família?

“O pecado de Jacó e o séquito de acontecimentos que determinou não deixaram de exercer influência para o mal, influência essa que revelou seu amargo fruto no caráter e vida de seus filhos. Chegando esses filhos à virilidade, desenvolveram graves defeitos. Os resultados da poligamia foram manifestos na casa. Este terrível mal tende a secar as próprias fontes do amor, e sua influência enfraquece os laços mais sagrados. O ciúme das várias mães havia amargurado a relação da família; os filhos cresceram contenciosos, e sem a devida sujeição; e a vida do pai se obscureceu pela ansiedade e dor. (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 208, 209).

Que coisas transmitidas a você estavam fora do seu controle? Muita coisa, não é? Agora mesmo, pense em algumas decisões importantes que você tomará. Reflita: Como essas escolhas poderiam afetar os outros? Você realmente deseja que isso aconteça?
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Segunda Ano Bíblico: 1Rs 17–19

José e seus irmãos

Mesmo nos lares mais tradicionais, a rivalidade entre irmãos, pode ser muito ruim. Mas nessa confusão, ela se tornou uma mistura venenosa, pois nela havia ingredientes como ódio, ciúme, favoritismo e orgulho, que levaram, finalmente, ao desastre.

Para começar, os irmãos de José não eram exatamente os rapazes mais amáveis, certo?

2. O que Gênesis 34 nos diz sobre o caráter dos irmãos de José?

Então, houve também a questão dos sonhos de José (Gn 37:5-11), nos quais toda a família se curvava em reverência diante dele. Se os irmãos não gostavam dele antes, esses sonhos só aumentaram a aversão. Na verdade, isso é exatamente o que diz Gênesis 37:8.

3. Em Gênesis 37:2, o que piorou ainda mais as relações entre José e seus irmãos?

Ninguém gosta de ser denunciado e, independentemente de como a conduta dos irmãos fosse ruim, certamente eles não apreciavam que José a informasse ao seu pai. Embora o texto não diga especificamente o que eles faziam, considerando seu comportamento passado, muito provavelmente era algo que precisava ser resolvido antes que trouxessem ainda mais vergonha e dificuldade sobre si mesmos e sua família.

Finalmente, também, talvez a questão principal era que, como a Bíblia diz: “Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos” (Gn 37:3). Os irmãos não eram tolos; eles certamente captaram a atitude do seu pai, o que tornou ainda mais complicada a situação, que já era ruim.

Por isso, por mais indesculpável que fossem as ações dos irmãos para com José, esse ambiente nos ajuda a entender melhor a causa delas.

Todos nós, em algum grau, estamos presos em nossas circunstâncias. Acontecem coisas que estão além do nosso controle. Então, devemos sempre perguntar: Como respondo a essas circunstâncias? Elas me dominam, me levando a comprometer princípios, ou permito que meus princípios me guiem através das minhas circunstâncias?
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Terça Ano Bíblico: 1Rs 20, 21

A túnica de várias cores

Em contraste com o caráter de José, o mau caráter de seus irmãos se destacou ainda mais.

“Houve um, entretanto, de caráter grandemente diverso — ­filho mais velho de Raquel, José, cuja rara beleza pessoal não parecia senão refletir uma beleza interior do espírito e do coração. Puro, ativo e alegre, o rapaz dava prova também de ardor e firmeza moral. Escutava as instruções do pai e gostava de obedecer a Deus. As qualidades que depois o distinguiram no Egito — gentileza, fidelidade e veracidade, já eram manifestas em sua vida diária. Morrendo-lhe a mãe, suas afeições prenderam-se mais intimamente ao pai, e o coração de Jacó estava ligado a este filho de sua velhice. Ele ‘amava mais a José que a todos os seus filhos’” (Gn 37:3; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 209).

4. Em Gênesis 37:3, 4, que ato de Jacó complicou o relacionamento entre José e seus irmãos?

A vestimenta valiosa, lindamente tecida em uma variedade de cores, dada a José por um pai carinhoso, certamente era mais fina do que a capa de seus irmãos e era uma espécie de vestuário usado geralmente por pessoas de distinção. Os irmãos, sem dúvida, imaginaram que seu pai iria conceder outras honras a esse filho, e isso poderia significar que ele obteria o direito de primogenitura. Facilmente, eles poderiam ter concluído que José receberia uma herança maior. Não importando a intenção de Jacó, mesmo que tenha sido simplesmente mostrar um símbolo de seu amor, dar a túnica a José foi um grande erro, pois isso inflamou ainda mais as chamas do ódio no coração dos irmãos para com José.

Em certo sentido, a túnica simboliza honras e distinções terrenas. Portanto, coisas superficiais e transitórias. Ao escrever a história, no entanto, Moisés colocou a túnica no contexto do amor de Jacó por José, acima do amor pelos outro filhos. Assim ela também foi decisiva no contexto do ódio deles por José e das consequências desse ódio.

Você já recebeu uma homenagem? Na ocasião, você se sentiu bem? Quanto tempo demorou para que se desgastassem a euforia, a sensação de satisfação ou qualquer bom sentimento que você teve, e a honra significasse pouco ou nada? Que lição você deve tirar disso? (Leia 1Co 9:24-26).
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Quarta Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs-1

A túnica arrancada
5. Que grande contraste é visto em Gênesis 37:12-32, entre o bem e o mal, entre a inocência e a traição?

Os irmãos de José não só tramaram sua morte, mas também planejaram com antecedência o que diriam ao pai. “Oh, pai, estamos muito tristes! Encontramos esta túnica. É de José? Se é, então ele deve ter sido devorado por um animal feroz”. É difícil imaginar como aquelas pessoas poderiam ter tanto ódio de seu próprio irmão a ponto de fazer uma coisa dessas.

6. O que é significativo sobre o que aconteceu em Gênesis 37:23?

Quando os irmãos viram José de longe, a primeira coisa de que falaram foram os sonhos, o que fez crescer seu ódio contra ele. De uma vez por todas, eles iriam ver qual seria o resultado daqueles sonhos. É interessante notar que o primeiro ato registrado, dos irmãos contra José, foi o despojamento de sua túnica. O hebraico deixa claro que eles estavam falando sobre a túnica muito odiada, que o pai tinha feito para ele. O texto destaca que ele a estava “vestindo” (Gn 37:23, NTLH). Além de tudo, vê-lo vestindo a túnica só deve ter aumentado a raiva deles.

Assim, aqui podemos ver os irmãos tentando destruir tudo que lhes causava tanto ódio e ira. Para eles, a vestimenta simbolizava tudo o que detestavam em seu irmão, todas as coisas boas a respeito dele e as coisas ruins acerca deles mesmos. Deve ter sido com muita alegria, prazer e satisfação que despiram a túnica. Num instante, José estava sem aquela roupa luxuosa, que simbolizava sua superioridade sobre eles, e que lhes causara temor; José estava impotente perante aqueles que, de acordo com seus próprios sonhos, um dia deveriam se prostrar diante dele.

Veja como as ações dos irmãos foram irracionais, como resultado de suas emoções. Quantas vezes permitimos que nossas emoções nos levem a fazer coisas irracionais? Como podemos aprender a manter nossas emoções sob o poder de Deus e, assim, poupar-nos (e muitas vezes os outros) das consequências geralmente terríveis, das coisas feitas em acessos de profunda emoção?
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Quinta Ano Bíblico: 2Rs 2, 3

“A túnica de teu filho”

Então, tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue. E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho” (Gn 37:31, 32, RC).

Como poderiam eles, filhos de um pai amoroso, descer tão baixo a ponto de entregar ao pai o manto que ele tinha dado ao filho, agora salpicado de sangue, e pedir que ele o identificasse? Talvez até um dia antes de terem cometido esse crime, nada parecido com isso havia entrado em sua mente. Mas, uma vez que começamos uma sucessão de pecados, quem sabe aonde isso vai levar?

7. O que é significativo na linguagem usada pelos irmãos diante de seu pai, em Gênesis 37:26-36?

Perceba que a pergunta dos irmãos não se referia à “túnica de nosso irmão”, mas à “túnica de teu filho”. A frieza e a insensibilidade, são espantosas. Talvez, também, essa fosse uma espécie de mecanismo inconsciente de defesa. Não foi a “túnica de nosso irmão” que eles encontraram, mas, sim, a túnica de “teu filho”, uma forma de limitar em sua própria mente o mal que tinham feito.

Assim, a túnica teve um papel tanto no início quanto no fim. Um símbolo do relacionamento entre Jacó e José agora estava coberto de sangue, um símbolo da “morte”; eles pensaram que isso seria o fim de José e da animosidade nutrida para com ele. No entanto, esse ato “resolveu” um problema apenas para provocar muitos outros. Certamente, os irmãos devem ter sofrido pela tristeza de seu pai. Dia a dia, vendo-o chorar, esses homens devem ter lutado com culpa e remorso.

8. Leia Gn 42:13, 21-23, 32; 44:28. O que estes versos dizem sobre o impacto das ações dos irmãos sobre si mesmos e sua família, a longo prazo?

No fim, o Senhor transformou em bem o mal que os irmãos haviam feito, mas isso não justifica o que fizeram. Por mais extremas que tenham sido suas ações, essa história deve nos lembrar de quão rapidamente os pecados podem sair do controle, nos cegar e nos levar a fazer coisas que geralmente levam à tragédia e ao sofrimento.
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Sexta Ano Bíblico: 2Rs 4, 5

Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 204-240: “A Volta Para Canaã”, “José no Egito”, e “José e Seus Irmãos”; The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 428-432.

Sem desconfiar do que estava prestes a lhe acontecer, José se aproximou de seus irmãos com alegria de coração para saudá-los após sua viagem longa e cansativa. Seus irmãos o repeliram rudemente. Deu-lhes seu recado, mas eles não responderam. José ficou assustado com sua aparência furiosa... Eles o acusaram de hipocrisia. À medida que expressavam seus sentimentos de inveja, Satanás controlava sua mente, e eles não sentiam nenhuma compaixão por seu irmão. Tiraram a túnica de várias cores que ele usava, que era símbolo do amor de seu pai, e que tinha despertado seus sentimentos de inveja“ (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 1, p. 128, 129).

Perguntas para reflexão:

1. Que outros tipos de “túnicas de várias cores” existem? Quais são as coisas que cobiçamos, que mais cedo ou mais tarde podem ser facilmente tiradas de nós e manchadas de sangue? Que tipo de honras terrenas parecem significar muito, mas, na realidade, não significam nada?

2. Leia Gênesis 45:22. Que ironia encontramos ali?

3. José muitas vezes tem sido visto como um tipo de Cristo. Examine a história de José e veja que paralelos você pode encontrar entre Cristo e José. Compartilhe suas respostas com a classe.

4. Imagine como os irmãos devem ter se sentido cada vez que viam essa vestimenta, antes um símbolo de sua inveja, e agora um símbolo de sua culpa. Se os irmãos soubessem como orar, como morrer para o eu, como se entregar ao Senhor em fé e obediência, será que isso teria acontecido?


Respostas sugestivas:

1: Isaque se casou com Rebeca. Mas Jacó se casou com Lia e Raquel, causando ciúmes na família.

2: Quando Siquém violentou Diná, eles mataram cruelmente todos os homens da cidade.

3: José levava más notícias de seus irmãos a seu pai, o que os deixava revoltados.

4: Jacó fez para José uma túnica de várias cores, porque o amava mais que a seus irmãos. Isso gerou ciúme.

5: José era obediente ao pai e queria o bem de seus irmãos. Mas eles eram desobedientes, invejosos e violentos.

6: Os irmãos tiraram de José sua túnica, sinal da preferência de José no coração do pai, e motivo de ciúme dos irmãos.

7: As palavras “vê se é ou não a túnica de teu filho”, revelaram que eles queriam ignorar até o fato de que José era seu irmão.

8: Esconderam o crime, sentiram culpa, e houve discórdia. Jacó sofreu uma perda irreal. José sofreu pela saudade